sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Visitinha Rapida

Oi meu blog querido,oi amigos do Brasil,Holanda,Estados Unidos,Alemanha,Russia,Suecia,Reino Unido,Portugal,Egito e Malasia , e enfim a todos que acessam o Brigadeiro, estou com saudades de escrever,pesquisar inventar coisas pra colocar aqui pra voces, mas estou numa fase complicada...Estou atualmente na Holanda com meu filhote e meu marido e cia; E meu filho nao me da colher de cha nao..Fica o tempo todo grudado em mim, nao me larga pra nada, e dai adeus inspiracao pra escrever...
No momento ele dorme como um anjinho, entao to livre pro Brigadeiro..Mas inspiracao ta zero...sorry...Mas como tem muita gente da Europa acessando o blog, queria so falar uma coisinha...QUERO NEVE..kkk gente, cade o frio ? ano passado teve neve ate a canela, e esse ano necas..Sera que eh o efeito El NiNo? Aqui tem El NiNo? Nao sei, so sei que to louca pra fazer uma foto do meu pequeno na neve, e sei nao...neve so do freezer...Mas de qualquer forma aqui eu to melhor do que se estivesse no Brasil, pois eu moro em Goiania, e la no verao cai tanta agua....
Mas ok meus amigos queridos,vamo que vamo..2012 ta batendo na porta, e eu como Crista acredito que o Senhor reservou coisas maravilhosas e inimaginaveis pra todos nos nesse novo ano.Eu creio nisso, e oro a Deus pela sua vida,pela sua familia, por sua vida financeira e vida emocinal.Que Jesus tenha renascido pra voce neste Natal, e que voce nunca deixe que acreditar nÈle....realize seus projetos e seus sonhos, faca o bem, fale coisas boas,nao pense violencia,nao multiplique ideias de corrupcao, nao seja malicioso,nao julge as pessoas, faca o bem, faca o bem...Tente ser um ser humano melhor neste ano 2012, voce consegue...Eu tambem estou nesta luta..Seja muito feliz ,cada um de voces que estao lendo isso neste momento, sinta-se abencoado em nome de Jesus.Obrigado pelo carinho..Feliz 2012/Gelukkig Nieuwjaar 

Ps-Fotinho da mamae Ellis e Rafinha num castelo em Vaassen/Holanda

O Diario de Anne Frank-Parte 22

Leituradiaria.comSexta-feira, 12 de Março de 1943
Querida Kitty:
Posso apresentar-ta: a mamã Frank, defensora da juventude,
reclama manteiga suplementar para a gente nova.
Luta pelos problemas dos jovens modernos. Luta pela
Margot, por mim e pelo Peter, e depois de grandes discussões
consegue sempre o que pretende.
Estragou-se um frasco de língua de conserva. Resultado:
Jantar de gala para o Mouchi e o Bochi. É verdade, tu
ainda não conheces o Bochi. Dizem que já estava no
imóvel antes de chegarmos nós, os "mergulhadores". Agora
é o gato do armazém e do escritório e afasta os ratos.
O seu nome político explica-se fàcilmente. Antes, a casa
tinha dois gatos : um para o armazém, outro para o sótão.
Quando os dois se encontravam havia sempre luta. Infalivelmente
o do armazém é que começava, mas o do sótão
é que vencia. E, por isso, foram baptizados : o do armazém
era o alemão ou o Bochi, o do sótão, o inglês ou o Tommy.
O Tommy desapareceu e o Bochi é a nossa distracção
quando vamos para baixo.
Comemos tantas vezes feijão branco que já não posso
vê-lo à minha frente e fico enjoada só de pensar nele.
Ao jantar já não temos pão.
O pai acaba de dizer que está preocupado com vários
assuntos. Tem olhos tristes, o pobre!
Ando maluca com o livro De Ylop op de Deur, de Ina
Boudier-Bakker. É o romance de uma família, extraordinário
nas descrições. As passagens que tratam da guerra,
dos problemas da mulher, dos escritores, não os acho
tão bem; com toda a franqueza, são assuntos que me
interessam pouco.
Bombardeamentos sobre a Alemanha. O sr. van Daan
anda de mau génio por não haver cigarros.
O problema de se havíamos de comer já ou não os
legumes de conserva resolveu-se a nosso favor. Além das
minhas botas de ski, já não me servem nenhuns sapatos
e as botas são bastante incómodas em casa. Umas sandálias
de palha entrançada duraram uma semana, e acabou-se.
Pode ser que a Miep encontre qualquer coisa no
mercado negro. Agora tenho de cortar o cabelo ao Pim.
Disse ele que, mesmo depois da guerra não pode voltar
ao cabeleireiro, por eu o servir tão bem, embora eu
o corte tantas vezes na orelha!
Tua Anne.
Quinta-feira 18 de Março de 1943
Querida Kitty:
A Turquia entrou na guerra... Estamos impacientes pelas notícias da rádio.
É mesmo assim que a rádio transmite este repugnante
teatro de marionetas. Dá quase a ideia de que os soldados
têm orgulho das suas feridas: mais e melhor:
Um deles a quem o Führer consentiu em apertar a
mão-caso ainda tivesse alguma-nem conseguiu falar.
Tua Anne.

Sexta-feira, 19 de Março de 1943
Querida Kitty:
à alegria seguiu-se uma decepção muito maior. Afinal
a Turquia ainda não entrou na guerra. O Ministro do
Exterior só apelou no seu discurso para que cessasse a
neutralidade. O vendedor dos jornais no "Pan" tinha
gritado :
"A Turquia está do lado dos ingleses".
Assim nasceu o boato e chegou até nós.
As notas de 500 e 1000 florins vão deixar de ter valor.
Os negociantes do mercado "negro" e os possuidores de
dinheiro "negro" vão-se ver em maus lençóis, mas o problema
é também grave para as pessoas "mergulhadas".
Quando se quer trocar uma nota de mil florins é-se obrigado
a declarar e a provar donde ela vem. Para já, mas
só até ao fim da próxima semana, ainda estas notas podem
ser utilizadas para pagamento dos impostos.
O Dussel recebeu a sua broca de mão e, em breve,
vai examinar os meus dentes.
O "Führer" de todos os germânicos falou perante os
seus soldados feridos e depois "conversou" ainda com eles.
Que tristeza ouvir aquilo! Um exemplo:
-Meu nome é Heinrich Scheppel!
-Onde ficou ferido?
-Diante de Estalinegrado.
-Que feridas tem?
-Perdi os dois pés por causa do frio e fracturei o
pulso esquerdo!
Tua Anne.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Desastre na terra da Rainha Beatrix

Noite de 31 de Janeiro para 1 Fevereiro 1953. Uma lembrança da Natureza para que os Homens não se esqueçam de onde vivem. O maior desastre natural do séc. XX atinge os Países Baixos com uma força destruidora, reclamando a vida de 1836 pessoas e milhares de animais domésticos. Reclamando também muitos hectares de terra, a água entrou, matou, reclamou e venceu neste dia.



Depois deste dia havia a fazer muita coisa. Cuidar dos feridos, ajudar os desalojados, enterrar os mortos, lavrar de novo a terra e...
Prevenir outro desastre no futuro.


O maior plano a nível mundial para proteger um país de inundações e reclamar mais terra ao mar. Está previsto para os próximos 50 anos a realização de obras de melhoramento dos diques, aumentando-os em média 10 metros, já para prevenir a possibilidade de um aumento do nível do mar. Para o curto prazo (2013) está já em andamento o crescimento do país em cerca de 2000 hectares no Porto de Roterdam.


Fonte- portuguesesnaholanda

domingo, 18 de dezembro de 2011

O Diario de Anne Frank-Parte 21

Leituradiaria.comSábado, 27 de Fevereiro de 1943
Querida Kitty:
Esperamos a invasão de um dia para outro. Churchill
teve uma pneumonia, mas já está quase bom. Gandhi, o
libertador da Índia, já fez, não sei quantas vezes, a greve
da fome.
A sra. van Daan disse ser fatalista. Mas sabes quem
tem mais medo quando caem as bombas? Claro que é
ela, a D. Petronella!
O Henk trouxe-nos a pastoral dos bispos que foi lida
em todas as igrejas. É grandiosa e incita as pessoas: Não
vos caleis, holandeses! Cada um tem que lutar com as suas
armas pela liberdade do povo, pela pátria e pela religião!
Ajudai, não hesiteis!-Foi assim que falaram. Servirá para
alguma coisa? Aos nossos correligionários com certeza
não serve para nada.
Imagina o que aconteceu. O senhorio, sem avisar o sr.
Koophuis ou o sr. Kraler, vendeu a casa. Uma manhã
apareceu o novo proprietário com um arquitecto.
Queriam ver a casa. Graças a
Deus o sr. Koophuis estava presente e mostrou tudo
aos senhores, menos o anexo.
Disse-lhes que deixara as chaves da porta em casa. Os
senhores não insistiram. Oxalá não voltem para o anexo.
Seria a nossa desgraça.
O pai deu-nos um ficheiro com fichas novas. Serve-nos,
a mim e a Margot, para os livros que já lemos. Registámo-los
não só pelo autor e título mas também com as
nossas observações. Para as palavras estrangeiras e os
ditos arranjei um caderno especial.
Ultimamente dou-me melhor com a mãe. Mas nunca
seremos verdadeiras confidentes uma da outra. A Margot
está mais impertinente do que nunca, e o pai está muito preocupado com qualquer coisa. Mas ele
é e será o melhor de todos!
Novas rações de manteiga e de margarina. Cada um
recebe a sua parte do dia num pratinho. Parece-me que
a distribuição quando está ao cargo dos van Daans não
corre lá com grande honestidade, mas os meus pais estão
fartos de zangas e, por isso, calam-se. É pena. A meu
ver, devíamos pagar-lhes na mesma moeda.
Tua Anne.

Quarta-feira, 20 de Março de 1943
Querida Kitty:
Ontem à noite houve um curto-circuito. E ainda por
cima o barulho infernal dos canhões da defesa. Não sou
capaz de me habituar às bombas e aos aviões. Tenho
medo e quase sempre fujo para a cama do pai. Se calhar
achas-me muito criança, mas só queria que assistisses!
Não ouvimos as nossas próprias palavras, tanto é o barulho
dos canhões. A sra. van Daan, a fatalista, estava quase a
chorar e disse, toda enfiada :
-Acho um horror dispararem tanto.
Não queria isto dizer : tenho muito medo!? De dia a
coisa não me aflige tanto. Gritei como se tivesse febre
e supliquei ao pai que acendesse a vela. Mas ele não
se comoveu e continuámos às escuras. Então começou
o ruido das metralhadoras, que acho pior ainda do que
o dos canhões. A mãe saltou fora da cama e, com desgosto
do pai, acendeu a vela. Ao seu protesto respondeu resolutamente :
-Mas a Anne não é um velho soldado como tu!
E acabou-se! Já te falei dos ataques da sra. van Daan?
Tens que saber tudo o que se passa no anexo. Certo dia
ela ouviu passos pesados no sótão. Pensou que eram ladrões.
Ficou tão cheia de medo que acordou o marido. No mesmo
instante o ruido terminou, o sr. van Daan só conseguiu
ouvir bater o coração da fatalista.
Ai! Putti: (é como ela chama o sr. van Daan) se calhar
roubaram os chouriços e os feijões. E que terão feito ao
Peter?
-Não roubaram o Peter, não te aflijas! E deixa-me
dormir.
Mas isso sim!
Como ela não conseguia adormecer, também o não
deixava a ele.
Algumas noites depois, a família van Daan acordou
com um barulho esquisito. O Peter subiu para o sótão
com a sua lâmpada de mão e quando a acendeu viu
fugir um bando de ratazanas. Agora sabíamos quem eram
os ladrões, e pusemos o Mouchi a dormir no sótão. Os
. hóspedes indesejáveis, pelo menos durante a noite, não
voltaram mais. Mas há poucos dias o Peter teve de ir ao
sótão (eram sete e meia e ainda dia) para buscar alguns
jornais velhos. Ao descer a gente tem de agarrar-se à saída.
Ao pousar a mão ia caindo pela escada abaixo. Uma
ratazana mordeu-o no braço. Quando chegou cá em
baixo-e de que maneira!-tinha o pijama cheio de sangue,
estava branco como cal e mal se aguentava nas pernas.
Não admira, pois ser-se mordido por uma ratazana sem
contar é horrível, e ainda por cima uma mordedura
daquelas... Chega a ser infívelame!
Tua Anne.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Aulinha de Holandes





Boodschappen doen Print

Shopping - Boodschappen doen


English - Dutch

Can I have ten apples? Mag ik tien appels?
Ten apples, pleaseTien appels, alstublieft
I'd also like ...Ik wilde ook nog ...
No, thank you, that's itNee, dank u, dat was het
That's allDat is alles
How much is it?Hoeveel is het?
How much is that?Hoeveel kost dat?
I'd preferIk wil liever
It's my turn!Ik ben aan de beurt!
Can you help me?Kunt u me helpen?
I'm looking for ...Ik zoek ...
I'll take that (this) oneDie (deze) neem ik
Have you got a bag for me?Heeft u een tasje voor me?
Can you wrap it?Kunt u het inpakken?
It's a presentHet is een cadeautje
I'm just looking, if that's allright.Ik kijk wat rond, als dat mag
Can I try this on?Mag ik dit passen?
Where's the fitting room?Waar is de paskamer?

Teste seu conhecimento em lingua holandesa-Parte 1

Escolha a alternativa correta:

1. In deze buurt wonen veel kleine ___________.




2. Marleen houdt van symfonische muziek en kamermuziek, __________ niet van opera.




3. Elk van deze studenten __________ dit jaar zijn diploma behalen.




4. Ik heb __________ literatuur over Ierland meegebracht.




5. Dirk is me nog een aanzienlijke som schuldig, ik hoop dat hij er deze week eindelijk ___________________.



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Aulinha de Holandes

O Diario de Anne Frank-Parte 20

Domingo, 30 de Janeiro de 1943
Querida Kitty:
Estou com uma raiva que nem podes fazer ideia. Mas
não a posso dar a conhecer a ninguém. Gostava de bater
com os pés, gritar, sacudir a mãe e não sei o que mais.
E isto por causa das palavras zangadas, dos olhares irónicos,
das acusações que contra mim são lançadas todos os
dias, como setas de um arco muito esticado. Gostava de
gritar-lhes, à mãe, à Margot, ao Dussel e aos van Daans:
Deixem-me em paz! Então não me deixam passar uma
única noite sem molhar o travesseiro de lágrimas? Não
posso adormecer uma única vez sem que os meus olhos
ardam e a cabeça me pese centenas de quilos? Deixem-me!
Queria-me ir embora, embora deste Mundo!
Mas para que serviria? Eles nada sabem do meu desespero!
Nada sabem das feridas que me fazem! Já não suporto
por mais tempo a compaixão e a ironia deles. Só queria
mas era chorar!
Acham-me exagerada quando abro a boca, ridícula
quando me calo, malcriada quando dou uma resposta,
manhosa quando tenho uma boa ideia, preguiçosa quando
estou com sono, egoísta quando me sirvo mais um tudo
nada, estúpida, covarde, interesseira, etc., etc... Todo
o dia tenho de ouvir que sou uma criatura insuportável,
e podes crer: embora me ria ou finja não ligar importância,
nada daquilo me é, em boa verdade, indiferente.
Bem eu queria pedir a Deus uma outra natureza que
não irritasse tanto os outros. Mas é impossível. E, de resto,
se sou assim, sinto, no entanto, que não sou má. Faço
muito mais esforços para lhes agradar a todos do que eles
imaginam. Rio-me com eles só para não lhes mostrar a
minha dor íntima. Mais de uma vez, quando discutia com a mãe e ela era injusta para comigo,
bradava-lhe: "tanto se me dá como se me deu, do que estás para aí a dizer. O melhor é não te
preocupares mais comigo, sou um caso perdido".
Dizem que sou malcriada e não "fazem caso de mim
durante dois dias". E de repente tudo me é perdoado e
esquecido. Mas eu é que não posso ser um dia muito simpática
e carinhosa com alguém, para o odiar logo no dia
seguinte. Prefiro não me aproximar dos extremos, guardar
os meus pensamentos e fazer os possíveis para tratar as
pessoas com o mesmo desdém com que me tratam a mim.
Ai! se eu fosse capaz disso!
Tua Anne.

Sexta-feira, 5 de Fevereiro de 1943
Querida Kitty:
Há bastante tempo que não te tenho falado das nossas
encrencas mas não penses que alguma coisa se tenha
modificado. Ao princípio o sr. Dussel incomodava-se bastante
com as várias discussões que ouvia. Depois acostumou-se
e agora já faz tentativas para servir de medianeiro.
A Margot e o Peter nem parecem jovens de verdade,
são ambos monótonos e calmos. Claro, eu faço um grande
contraste com eles e, por isso, ouço continuamente :
-Olha a Margot e o Peter, eles eram incapazes de
fazer tais coisas!
Que maçada! E, já agora, vou confessar-te uma coisa :
não quero de maneira nenhuma ficar como a Margot.
A meu ver é demasiado transigente e insípida, deixa-se
influenciar por toda a gente, cede sempre. Então não
há-de a gente ter a sua opinião! Mas estas teorias não as
confio a mais ninguém. Não quero que se riam de mim.
à mesa reina muitas vezes uma atmosfera pesada que só
se alivia quando um ou outro hóspede come em nossa
casa-falo das pessoas do escritório, que vêm comer um
prato de sopa connosco.
Hoje, ao almoço, o sr. van Daan verificou mais uma
vez que a Margot não come o suficiente. "Se calhar por
causa da linha", rematou, em tom irónico, o seu discurso.
A mãe que tira sempre as castanhas do lume para a Margot
disse muito alto :
-Estou farta do seu palavriado!
A sra. van Daan ficou vermelha como um pimento e
ele pôs-se a olhar para o chão, embaraçado.
Muitas vezes rimo-nos uns com os outros. Há pouco, a sra. van Daan contou coisas engraçadas
dos vários "flirts"
que teve e como se entendia bem com o seu pai.
"Se algum homem ousar ser atrevido para contigo
deves dizer-lhe: "Meu senhor, sou uma senhora". Ele
desistirá logo", aconselhava-lhe o pai.
Rimo-nos como se nos tivesse contado uma anedota
formidável.
O Peter, geralmente muito calado, diverte-nos de vez
em quando. Tem o fraco das palavras estrangeiras cujo
significado raras vezes conhece e o resultado é uma linda
baralhada. Certo dia, quando no escritório particular
havia visitas e não nos era permitido utilizar o W.C.,
Peter sentiu uma necessidade terrível. Foi mesmo lá, mas
não puxou o autoclismo. Queria avisar-nos disto e colou na
porta do W..C. um papel com as palavras : "Sívelil vous
plait, cheirete!". O que ele queria dizer era: "Cautela,
cheirete!". Achou a expressão "sívelil vous plait" muito distinta
e não fazia ideia nenhuma de que ela se traduz
por "faz o favor".
Tua Anne.

domingo, 11 de dezembro de 2011

desabafo

Estou  ha uma semana em solo holandes,curtindo esse friozinho gostoso(ou nem tanto assim), o maridao, a familia, a comidinha da cunhada(ja que nao estou no meu lar doce lar,ainda),ahh como diria o Vitor e o Leo..``Que vida boa, oh ,oh, que vida boa...``.Pera ai, vamos organizar as coisas..Todo mundo sabe que eu adoro a Holanda, que me sinto muito bem aqui, gosto do frio,amooooo meu marido e coisa e tal..Mas essa semana, nao foi assim tao maravilhosa como nos gostariamos que fosse. Ok, to no paraiso pois meu amor ta junto de mim, nosso filhote..mas essa semana meu sogro teve de ser internado, e eu fiquei com muito medo de perde-lo, ja que ele esta com a idade avancada e esta com pneumonia.Pois muito bem, vou contar -lhes como foi minha semana ,coisa que nunca faco pois meu blog eh muito mais informativo do que um diario propriamente dito.
 Chegamos aqui no sabado dia 03/12, e depois de esperar 8 horas em Guarulhos, mais 1 hora dentro do aviao esperando sei la o que, e mais 11 horas voando, enfim, aterrisamos no Schiphol em Amsterdam...Eu estava um bagaco, pois alem do tempo de viagem ser bastante consideravel, meu fofuxinho Rafael que esta com 1 ano e 3 meses, estava uma bencao kk no aviao.Mas quem eh mae ou pai, ja sabe como eles sao curiosos e eletricos nessa idade.Nao vou falar mais nada sobre esse dia, pois voce ja deve imaginar ,quao maravilhoso foi reencontrar meu amado e coisa e tal..(comentario proibido para menores de 18 anos)kkkk
Na segunda feira foi o dia de Sinterklaas, eu ja falei aqui no blog que esse personagem faz parte do imaginario das criancas aqui na Holanda e que corresponde ao nosso Papai Noel..Pois bem, na noite de segunda -feira, nos recebemos do ``Sinterklaas``(que na verdade chama Moniek,minha cunhada) um saco com  muitos presentes..Para mim, o Sinterklaas deixou coisas pra nossa casa (esta em fase de acabamento), um chocolate em forma de letra ``P`` pois acho que ele nao achou a letra ``E``, um perfume e acho que foi so isso.Meu filhote ganhou tantos presentes, que tivemos que separar uma caixa enorme de papelao pra guarda-los. Meu Amore, ganhou coisinhas pra nossa cozinha, e chocolatinho em forma de letra ``W`` , que alias eh tradicao do Sinterklaas, mas isso eu ja falei antes num post sobre o bom velhinho holandes.
Estavamos todos muito felizes com nossos presentes, e talvez ``mexidos`` pelo fuso horario, que nem nos demos conta da hora..Eu e o Rafa ficamos na cama ate as 10:30 da manha..Quando decemos pro cafe, vimos que o Opa(vovo em holandes) estava na cama com febre...Fiquei atenta, mas todo mundo estava tao calmo, nao demonstrava nenhuma preocupacao com a sena , e que entao achei que nao fosse nada grave.Fui com o meu marido numa loja de coisas pra decoracao da casa, e quando voltavamos meu cunhado ligou e disse que o ,medico havia ido ate a casa do Opa e pediu uma ambulancia pra leva-lo ao hospital.Nesse momento gelei(se bem que eu ja estava gelada ,pois a temperatura era de 8 graus mais um vento vindo do norte que me deixava muitoo gelaaaada kk) eu fiquei em choque pois eu sei que pessoas idosas tem a saude bem fragilizada.Mas meu marido, e resto da familia, estavam todos tao calmos, parecia que nada estava acontecendo, ate mesmo depois do medico ter chamado meu marido e perguntado se em caso de necessidade de reanimacao ,qual seria a vontade de familia, reanimar ou deixar morrer..? Oh, my Godness, isso eh realmente diferente do Brasil, acho que la a ordem eh reanimar sempre...ou pelo menos em tese eh isso que deveria acontecer, pois nos sabemos da realidade do Sus-Sistema Unico de Saude, mas isso eh outro assunto...
Eu questionei varias vezes se eles nao estavam preocupados com o que poderia acontecer, eles disseram que sim, mas que eles nao pensavam isso.Mas eu falei tanto do meu medo de perder o meu sogro, que acho que eu passei panico pra eles...no final do dia, minha cunhada ja estava mais preocupada, nervosa, fumando tanto e ate foi fazer uma oracao pra Deus do lado de fora da casa...Eu acho que de tanto ouvir minhas ideias, ela acabou enbarcando na minha e entrando em panico geral...Ai Ai..nos brasileiros, todas as nossas emocoes sao colocadas pra fora, se to feliz todo mundo sabe, se to com raiva, nao economizo nas duras palavras, se to triste eu choro, se to preocupada e falo, falo, falo tanto no problema, que o panico de que algo realmente grave pode acontecer ,chega e deixa todo mundo louco..kk
Mas, depois de muito bla, bla, bla de minha parte, fomos visita-lo no hospital...Ops, segura meu queixo que ele vai cair, pois o hospital eh um espetaculo...parece um shopping..tem lojas de roupas, perfumes, acessorios,restaurantes, e cafes la dentro..O quarto em que o meu sogro estava, simplismente o maximo...ai, quanta diferenca meu Deus..Sabe, eu vejo tantos brasileiros que vivem fora do Brasil, tao apaixonados pelo Brasil, dizendo que o nosso pais eh o melhor do mundo e coisa e tal..Mas porque que eu nao sinto isso? Porque que comigo eh justamente o contrario?Pois quando eu vejo o meu sogro, naquele hospital,cheio de conforto, varios medicos dando assistecia a ele, e tambem nos informando tudo sobre a doenca, como os remedios sao administrados etc e tal...Quando eu vejo todos os dias chegar aqui na casa do meu sogro uma enfermeira pra dar banho nele, e outra pra fazer uma massagem na perna dele, alem de outra pessoa responsavel pela faxina na casa, nos ambientes que ele circula e tudo isso eh o governo que banca....Realmente, nao da pra dizer, Brasil eu te amo...desculpe a quem nao concorda comigo, mas eu sei como eh a realidade no Brasil, eu vivo la(ainda) ,to cansada de pagar tantos impostos e nao ter nada em troca. Quando eu falo pro meu marido que acho legal o hospital, os cuidados com meu sogro pagos pelo governo, ele rebate, dizendo que eles pagam muiiitoos impostos...E nos brasileiros? Nao pagamos nada?E o que temos em troca? ahhh ja sei...agora eu sei o que tanto de maravilhos nos temos...Vou ate enumerar, pois sao muitas coisas maravilhosas que nos temos, e que nos orgulhamos...vamo la.
  1. Uma bandeira verde , amarelo, azul e branco,dizendo que ordem e progresso sao nosso lema.
  2. Um hino que niguem consegue cantar pois as palavras usadas parecer pertencer a outro idioma.
  3. Um ritmo musical que deixa claro que sensualidade eh tudo de bom(me refiro ao samba)
  4. Um festa que todos dizem ser democratica ,e coisa e tal, mas na verdade, o Carnaval so deixa em evidencia toda a lama da sociedade..Sexo, Drogas,Prostituicao, Violencia..(to errada?)
  5. Um pais realmente lindo geograficamente, mas que nos so conhecemos nos livros de geografia.(olha o trocadilho)
  6. Mulatas lindas requebrando as cadeiras, que deixa pra nos brasileiras como legado, a vergonha de todo o mundo pensar que nos tambem vestimos aquelas tanguinhas no carnaval e esfregamos a bunda na cara do gringos...(ai ai, nao pense isso de mim, eu sou brasileira mas eu sou limpinha kk)
  7. Eu iria falar mais , mas meu marido chegou aqui e tirou toda a minha conscentracao..Fato.
 Me descupem o desabafo mas eu precisava dizer...
Eu amo minha familia no Brasil,meus amigos que la estao,minha lingua, a nossa comida ,e algumas coisas da nossa cultura.Mas nao da pra dizer que o Brasil eh o melhor pais do mundo...nao da...Pois eu preciso bem mais do que uma selecao pentacampea de futebol...eu preciso de qualidade de vida...saude, seguranca,educacao,aposentadoria no futuro, emprego no presente,eu preciso de hosnestidade ,limpeza e transparencia na politica...eu preciso de alguem que redescubra o Brasil...Eu quero ter orgulho de ser Brasileira, mas tudo isso , eu nao tenho.....Tot Ziens.  ps-desculpem os erros de portugues, to com pressa nao posso corrigir agora..bjs

O Diario de Anne Frank- Parte 19

Quinta-feira, 10 de Dezembro de 1942
Querida Kitty:
O sr. van Daan negociava, noutros tempos, em carnes
frias, salsichas, chouriços e outras especialidades. A firma
contratou-o por ser um comerciante muito hábil e experiente. E agora ficámos maravilhados aqui
com a sua
perícia de salsicheiro.
Encomendámos, no mercado negro, já se vê, carne
para fazer conservas para os tempos difíceis. É engraçado
ver a carne passar pela máquina, duas ou três vezes.
Depois juntam-se os temperos, mistura-se tudo bem e,
por fim, enchem-se as tripas com aquela massa. Comemos
ao almoço chucrute com salsicha fresca! Os chouriços
defumados têm de secar bem e, por isso, enfiámo-los numa
vara suspensa do tecto. Sempre que alguém entra no quarto
e vê os chouriços a bambolear não pode deixar de rir.
É uma exposição patusca.
Havia uma tremenda desordem no quarto. O sr. van
Daan (com um avental da esposa), todo gorducho, mais
gorducho ainda do que de costume, tratava da carne.
Parecia mesmo um carniceiro com as mãos cheias de
sangue, a cara afogueada e o avental sujo. A sra. van Daan
quer fazer mil coisas ao mesmo tempo: estudar holandês
por um livro, remexer a sopa, examinar a carne com que
o marido trabalha e ainda ter tempo para se queixar da
sua costela partida.
Bem feito! Quem é que manda as senhoras entradotas
e vaidosas fazer ginástica tola, só porque não querem ter
um traseiro gordo?
O Dussel tinha um olho inflamado e estava junto do
fogão a fazer compressas. O pai, sentado na cadeira, procurava
aproveitar os magros raios do Sol. Julgo que tenha dores de reumatismo, estava todo encolhido e
seguia com
olhos infelizes o trabalho do sr. van Daan. O Peter andava
a correr pelo quarto atrás do gato, que se chama Mouchi.
A mãe, a Margot e eu descascávamos batatas. Fazíamo-lo
automàticamente, porque estávamos a contemplar, fascinadas,
a actividade do sr. van Daan.
O Dussel inaugurou o consultório de dentista. Vais-te
divertir ao saber da primeira consulta. A miep estava a
passar a ferro enquanto a sra. van Daan fez de primeira
cliente. Estava sentada numa cadeira, no meio do quarto,
enquanto o Dussel tirava cerimoniosamente todos os
seus instrumentos. Pediu água-de-colónia para desinfectar
e vaselina para substituir a cera. Depois olhou para dentro
da boca da sra. van Daan. Tocou-lhe num dent molar,
escabichou-o a seguir com um ferrinho, o que a fazia
estremecer e gemer sem nexo, como se estivesse a morrer
de dores. Depois de um exame sem fIm - pelo menos na
opinião da doente, pois na realidade só tinham passado dois
minutos - o Dussel queria começar a chumbar um dente.
Mas isso sim! A sra. van Daan defendeu-se com braços e
pernas, de tal maneira que o Dussel teve de largar o gancho
com que estava a limpar o buraquinho. O gancho lá
ficou espetado no dente. Havias de ver! A senhora
agitava-se para um lado e para o outro, tentava tirar o gancho
mas só conseguia enterrá-lo ainda mais. O Dussel não se
comovia. De mãos nos bolsos observava o espectáculo.
E nós, os outros espectadores, a rir. Não o devíamos
ter feito. Fomos velhacos! com certeza eu também me
teria portado assim e teria gritado quanto pudesse.
Depois de muito esforço, suspiros e gemidos, a sra. van Daan
tirou o ferro, e o Dussel retomou o seu trabalho como se nada tivesse acontecido. Tão depressa
manejou os instrumentos, que
a senhora não teve tempo para mais brincadeiras. Mas
suponho que ele nunca teve na sua consullta ajudantes
tão prestáveis. O sr. van Daan e eu éramos os assistentes
e agora imagino tudo aquilo como um quadro da Idade
Média: "charlatães a trabalhar". Por fim a paciência da
senhora esgotou-se. Disse que tinha aora de olhar pela
comida. Uma coisa é certa: tão cedo não voltará ao
dentista.
Tua Anne.
Querida Kitty :
Sentada confortàvelmente à janela do escritório grande,
estou a observar, através de meia fenda da cortina, o que
se passa lá fora. Anoitece, mas ainda consigo ver o bastante
para te escrever.
É curioso ver as pessoas a correr! Parece que estão com
pressa, quase que tropeçam nos seus próprios pés. Os
ciclistas passam numa velocidade tal que não consigo
distinguir as mulheres dos honens.
Este quarteirão é de gente do povo e a maioria tem
aparência pobre. As crianças andam tão sujas que eu só
me atrevia a tocar-lhes com tenazes. São autênticos garotinhos
e falam um dialecto que quase não se compreende.
Ontem, quando a Margot e eu estávamos aqui a tomar
banho, ocorreu-me uma ideia: se pudéssemos pescar
algumas daquelas crianças, pela janela e com um anzol,
dar-lhes um banho, vesti-las e dar-lhes depois novamente
a liberdade...
-Amanhã estariam sujas na mesma-interrompeu-me
a Margot.
Há mais coisas para ver: automóveis, barcos e a chuva.
Oiço o ruído do carro eléctrico e ponho-me a imaginar as
mais variadas coisas. Como nós aqui não temos estímulos,
os nossos pensamentos também pouco variam. Dos judeus
passa-se à comida, da comida à política, da política... mas
já que falo de judeus: ontem, ao espreitar pela cortina, vi
dois judeus. É uma sensação estranha, quase como se eu
os traísse e estivesse aqui para espionar a sua infelicidade.
Precisamente em frente desta casa há um barco habitado
por um pescador com a família. Eles têm um cãozinho
que já conhecemos pelo ladrar e cujo rabo se vê quando
ele corre ao longo da borda do barco.
Agora chove a cântaros e as pessoas escondem-se debaixo dos guarda-chuvas. Só vejo
impermeáveis e por vezes também um capuz.
Mas não preciso de ver mais, porque já as conheço
bem, àquelas mulheres metidas nos seus casacos vermelhos
ou verdes, com os tacões tortos, uma bolsa gasta debaixo
do braço, os corpos inchados por comerem batatas de mais
e outras coisas de menos. Uma traz a infelicidade estampada
no rosto, outra parece feliz, mas isto decerto depende
do bom ou do mau humor dos seus maridos.
Tua Anne.
Querida Kitty:
Com grande satisfação, soubemos no anexo que cada
um de nós terá para o Natal meio quarto de manteiga, fora
a do racionamento. Oficialmente recebe-se um meio quilo,
mas isto é para os mortais felizes que vivem lá fora, na
liberdade. Gente "mergulhada como nós que, com oito
cartões de racionamento, só pode comprar as mercadorias
para quatro pessoas, já fica radiante com tão pouco!
Cada um de nós quer fazer doces com a sua manteiga.
Eu farei bolachas e duas tortas. Temos muito que fazer
e a mãe disse que não me deixava ler nem estudar enquanto
não tivesse acabado as minhas obrigações domésticas.
A sra. van Daan está na cama,por causa da costela
partida: lamenta-se todo o dia, temos de a atender e de
lhe mudar as compressas, mas ela nunca está satisfeita.
Só queria que já estivesse outra vez a pé e tratasse sòzinha
das suas coisas. Mas tenho de lhe fazer justiça: ela é muito
trabalhadeira e quando se sente bem, moral e fisicamente,
chega a ser mesmo uma pessoa divertida.
Todo o santo dia advertiram-me com os "chut-chut",
pois, pelos vistos, sou demasiadamente barulhenta, e, como
se ainda não bastasse, o meu companheiro de quarto
resolveu lançar-me também, durante a noite, os "chut-chut".
Nem sequer admite que me vire na cama. Faço
de conta que não dou por nada, mas qualquer dia hei-de
retribuir-lhe uns "chuts". Aliás, aos domingos, ele dá-me
cabo da paciência. Acende a luz muito de madrugada
para fazer ginástica. Aquilo parece-me que dura horas e
como ele está sempre distraído, dá constantemente contra
as cadeiras que servem para prolongar a minha cama.
Por fim acordo mesmo de todo. Mas como ainda não
tenho dormido bastante, queria adormecer de novo.
Depois de ter percorrido os caminhos da força e da beleza", ele começa a fazer a toillete! As
cuecas estão penduradas
num gancho. Portanto vai até lá e volta. Mas, já se vê,
esqueceu-se da gravata em cima da mesa. Lá vai ele para
lá, para cá, esbarrando com as cadeiras. E pronto!
Acabou-se o meu descanso dos domingos!
Mas valerá a pena a gente queixar-se de homens
velhos e esquisitos? Por vezes dá-me na gana pregar-lhe
uma partida: fechar a luz, desaparafusar a lâmpada e
esconder-lhe as roupas. Mas não o faço, por amor da
santa paz.
Ai! Como estou a ficar ajuizada. Aqui é preciso ter-se
juízo a cada passo: para não responder, para cumprir as
ordens, para ser sempre amável, prestável, transigente e
sabe Deus o que mais! Estou a abusar do meu juízo que,
já por si, não vai longe, e receio que não me sobre nenhum
para depois, para quando a guerra acabar.
Tua Anne.

Quarta-feira, 13 de Janeiro de 1943
Querida Kitty:
Hoje estamos todos perturbados, não conseguimos fazer
nada com calma. As notícias lá de fora são horríveis. Dia
e noite arrastam a pobre gente das suas casas. Só deixam
levar o que cabe na mochila e algum dinheiro (mas este
tiram-lho mais tarde). Separam as pessoas em três grupos,
homens, mulheres e crianças. É vulgar voltarem as crianças
da escola e já não encontrarem os pais, ou voltarem as
mulheres das compras e darem com a casa selada. O resto
da família já foi deportada.
Nos círculos cristãos também já reina o desassossego.
Os jovens são enviados para a Alemanha. Toda a gente
tem medo!
E durante as noites, centenas de aviões sobrevoam a
Holanda, para lançarem uma chuva de bombas na Alemanha.
A cada hora tombam homens na Rússia e na
África. A Terra enlouqueceu, há destruição por toda a
parte. A situação melhorou para os Aliados, mas o fim
de tudo isto ainda está longe.
Nós aqui estamos bem, melhor de que milhares de
outras pessoas. Estamos em segurança e podemos fazer
planos para os tempos do pós-guerra. Podemos pensar
nos vestidos e nos livros que havemos de comprar em vez
de estarmos sempre preocupados com cada tostão que
se gasta inùtilmente e que podia servir para ajudar os
outros, ou com aquelas coisas que se perderam e talvez
ainda se pudessem salvar.
Há crianças, cá no quarteirão, que andam de blusinhas
leves, de socos e sem meias, sem sobretudos, sem
boinas ou luvas. Têm o estômago vazio, mastigam cenouras,
fogem das casas frias para as ruas húmidas e ventosas, e estudam em escolas sem aquecimento.
Mais: as crianças
pedem pão às pessoas que passam! Chegaram até este
ponto as coisas na Holanda! Ouço falar durante horas a
fio sobre a miséria que esta guerra trouxe e fico cada
vez mais triste. Não temos outro remédio senão esperar,
calma e serenamente, o fim de tanta infelicidade. Esperam
os judeus, esperam os cristãos. Esperam os povos de todo
o Mundo... mas muitos esperam pela morte!
Tua Anne.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O Diario de Anne Frank- Parte 18

Sábado, 28 de Novembro de 1942
Querida Kitty:
Gastamos electricidade de mais, ultrapassamos os limites.
Temos de fazer economia, caso contrário cortam-nos a
corrente e estaremos quinze dias sem luz. Das quatro e
meia em diante não podemos ler mais. Matamos então o
tempo com várias distracções : adivinhas, ginástica, falar
inglês ou francês ou sobre os livros que acabamos de ler...
Com o tempo tudo se torna monótono. Descobri uma coisa
nova: com o binóculo posso espreitar para os quartos
iluminados dos vizinhos da frente. Durante o dia não
podemos abrir as cortinas nem um centímetro, mas à
noite já pode ser. Eu antes nunca sabia que os vizinhos
são pessoas tão interessantes. Observei alguns enquanto
comiam; numa outra família passavam um filme e o dentista,
mesmo em frente, estava a tratar uma velhinha
cheia de medo.
A propósito de dentista! O sr. Dussel, de quem se dizia
saber lidar tão bem com crianças e gostar muito delas,
revela-se um bota de elástico. A cada passo faz sermões
sobre boas maneiras e bom comportamento. Como sabes,
tenho a pouca sorte de partilhar o quarto com este senhor
tão "respeitável" e, como sou tida como a mais mal-educada
dos três jovens daqui, ele dá-me que fazer e por vezes
nem sei como escapar a tantas descomposturas e avisos.
Olha, faço-me surda! Mas tudo isto ainda se suportava
se o homem não fosse um "denunciante" de grande categoria
e se não tivesse escolhido precisamente a mãe para as suas
reclamações. Assim, recebo primeiro uma ensaboadela dele,
depois a mãe junta outra e, se estou com sorte, a sra. van
Daan também mete o bedelho para me censurar.
Ai! Kitty, não é fácil ser-se a pessoa mais mal-educada ou antes: o pára-raios de uma família
"mergulhada"
sempre a criticar e a educar! à noite, na cama, quando
passo em revista todos os meus pecados e todos os defeitos
que me são atribuídos, perco-me nessa abundância de
queixas e, quase sempre, começo a chorar... ou a rir,
conforme a disposição. Depois adormeço com a ideia tola
de querer ser diferente do que sou ou de que não sou como
queria ser e de que faço tudo ao contrário. Queria agir
de outra maneira e não ser como sou. Santo Deus! Agora
estou a baralhar tudo, não te zangues! Mas não risco o
que está escrito e rasgar a folha também não posso, porque
há grande falta de papel. Seria mesmo pecado! Assim
só te posso aconselhar a não voltares a ler a última frase
nem tentares aprofundá-la, que és capaz de não conseguir
voltar à superfície!
Tua Anne.

Segunda-feira, 7 de Dezembro de 1942
Querida Kitty :
Chanuca e São Nicolau coincidem quase este ano.
O Chanuca festejámo-lo apenas com as velas, mas como
estas são agora uma preciosidade só as acendemos durante
dez minutos. As velas acesas e nós a cantarmos a canção
de Chanuca! O sr. van Daan construiu um lindo candelabro.
O São Nicolau, no sábado, ainda foi mais lindo.
A Elli e a Miep vinham para cima cochichar com o pai
e, assim, andávamos todos muito curiosos, pois compreendíamos
que estavam a preparar alguma surpresa. E, de
facto, às oito horas descemos a escada, através do corredor
escuro (arrepiei-me toda; tinha medo de não voltar inteirinha), para o escritório, no outro andar.
É um quarto
sem janelas e, assim, podíamos acender a luz. O pai abriu
o armário e todos exclamaram: "Que lindo!" No centro
estava um grande cesto, enfeitado com papéis coloridos,
e guarnecido simbòlicamente com a máscara do Pedro,
o negro. Transportámos o cesto para cima. Cada um
recebeu as suas prendas acompanhadas de uma quadra.
Tenho a certeza de que conheces bem esse género de
poemas e, por isso, não os vou aqui transcrever. Recebemos:
eu um "Pieferkuchen" enorme, em forma de
boneca; o pai, suportes para livros; a mãe, um calendário;
a sra. van Daan, uma bolsa para o pano do pó; o sr. van
Daan um cinzeiro... Todos os presentes tinham sido bem imaginados e, como festejávamos o S.
Nicolau pela primeira
vez, achámos a nossa estreia bem sucedida.
Também demos prendas aos nossos amigos lá de baixo,
coisas que tínhamos ainda dos velhos tempos. Disseram-nos
hoje que o sr. Vossen fez com as próprias mãos o cinzeiro
para o sr. van Daan e os suportes para o pai. Acho admirável
alguém fazer coisas tão bonitas.
Tua Anne.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Aulinha de holandes- Horas

O Diario de Anne Frank- Parte 17

Quinta-feira, 19 de Novembro de 1942
Querida Kitty:
Não estamos desapontados. O Dussel é de facto um
homem simpático. Para dizer com franqueza, não acho
lá muito agradável que um estranho se sirva das minhas
coisas no quarto, mas, para fazer uma boa acção, toda a
gente se deve sacrificar. Nada importa se pudermos salvar
alguém, diz o pai, e tem toda a razão.
Logo no primeiro dia o Dussel perguntou-me uma
série de coisas, por exemplo, quais eram as horas da mulher
da limpeza, e quais as do W. C. e onde me parecia a mim
o melhor sítio para se tomar banho. Não te rias, Kitty,
mas no esconderijo todas estas coisas são importantes.
Estão tantas vezes pessoas lá em baixo que não conhecem
o segredo! É necessário saber bem as horas de trabalho
delas para não fazermos barulho. Já expliquei tudo isto
ao Dussel, mas fiquei pasmada por ele ser tão lento.
Pergunta as coisas duas vezes e mesmo assim não as fixa.
Talvez ainda esteja um pouco atrapalhado, a surpresa
foi muito grande, e é natural que ele se tenha de adaptar.
O Dussel tem-nos contado muitas coisas do mundo
exterior, de onde partimos há tanto tempo. Tudo que
conta é triste. Inúmeros amigos e conhecidos foram levados
das suas casas e um destino terrível os espera. Noite após
noite os automóveis cinzentos e verdes dos militares
atravessam as ruas a toda a velocidade. Os "verdes (a SS
alemã) e os "pretos" (a Polícia Nazi holandesa) procuram
os judeus. Se encontram algum, levam-no, e a toda a
família. Tocam, por exemplo, numa porta e se não encontram
lá nenhum judeu, tocam na do vizinho e assim por
diante. Por vezes, andam com listas de nomes e procuram
os "marcados" sistematicamente. Só consegue escapar-lhes
quem "consegue fugir" a tempo. Por vezes aceitam um
resgate, mas são poucos os que conseguem escapar.
Fazem, hoje, o que há muitos anos foi feito com os
escravos. Maltratados, torturados, mortos enfim. O que
aconteceu com eles, nos tempos antigos, está hoje a
acontecer com os judeus.
Não poupam ninguém, homens, mulheres, velhos, crianças.
E nós aqui tão bem guardados! Podiamos fechar os olhos a toda
esta miséria, mas estamos sempre
em aflição por aqueles que nos são caros e a quem não
podemos dar uma ajuda.
Quando estou deitada na minha cama, cama tão quente
e confortável, enquanto as mais queridas amigas sofrem
lá fora, talvez expostas ao vento e à chuva, mortas até,
sinto-me quase má. Tenho medo ao pensar em todas as
pessoas às quais tanta coisa me liga e ao lembrar-me de que
estão entregues aos mais cruéis carrascos que a história
dos homens já conheceu. E tudo isto só por serem judeus!
Tua Anne.

Sexta-feira, 20 de Novembro de 1942
Querida Kitty:
Estamos todos um pouco desconcertados. Até agora
só recebíamos de longe em longe notícias sobre os judeus.
E daí, talvez fosse melhor assim. Quando a Miep por vezes
falava do destino trágico de pessoas nossas conhecidas, a
mãe e a sra. van Daan punham-se logo a chorar, de modo
que ela achou melhor não contar mais nada. Mas fizemos
muitas perguntas ao Dussel e o que ele conta é medonho,
é bárbaro. Não se consegue pensar em outra coisa. Será
possível que alguma vez mais possamos sair e divertir-nos
como outrora, mesmo quando tudo isto tiver passado?
Mas a verdade é que se transformarmos o nosso esconderijo
numa casa de luto, se ficarmos sempre melancólicos, não
adiantamos nada, nem para nós nem para os que lá fora
sofrem. Não posso fazer coisa nenhuma sem pensar naquela
gente que partiu. Se dou comigo a rir despreocupadamente,
assusto-mA e acho-me injusta por estar alegre. Mas hei-de
chorar todo o dia? Não, não posso. E o desânimo decerto
passará. Allém destas misérias, há outra coisa desagradável,
assunto pessoal e que, já se vê, nenhuma importância tem
comparado às tragédias de que acabo de falar: quero dizer
que me irrito tão só ùltimamente! Sinto um vácuo enorme
dentro de mim. Antigamente não pensava muito nisto.
Os divertimentos e as amizades prendiam-me o tempo.
Mas agora preocupam-me problemas sérios. Reconheci,
por exemplo, isto: o pai, embora me seja tão querido, não
pode substituir todo o meu mundo de outrora.
Achas-me ingrata, Kitty? Por vezes tenho a impressão
de não poder suportar mais: ouvir todas estas coisas
horríveis, ter as minhas próprias dificuldades e ainda por
cima ser o bode expiatório para tantas coisas que acontecem!
Tua Anne.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um pouco mais sobre a Holanda

A Holanda é um pais pequeno com grandes possibilidades!
As tulipas, os moinhos de vento, os tamancos e o queijo são as primeiras coisas que se associam com a Holanda. Os holandeses têm orgulho no seu país e acreditam que tem ainda muito mais para oferecer.

Desfrute de uma visita às aldeias pitorescas de Volendam (com o seu porto de pesca), Alkmaar (com a sua feira de queijo), ou Zaanse Schans. E que tal um passeio de barco em Giethoorn, fazer compras nas elegantes ruas comerciais de Haia, ou saborear a hospitalidade e as delícias culinárias do sul do país em Maastricht? E, obviamente, não pode perder Amsterdam e Roterdam.

Amsterdam
, Amsterdam / Amesterdão (português europeu) ou Amsterdã (português brasileiro) (em neerlandês: Amsterdam) é a capital, e a maior cidade dos Países Baixos, situada na província Holanda do Norte. Seu nome é derivado de uma represa (dam) no rio Amstel, o rio onde fica a cidade. A cidade é conhecida por seu porto histórico, seus museus de fama internacional, sua zona de meretrício (Red Light District), seus coffeeshops liberais, e seus inúmeros canais que levaram Amsterdã a ser chamada a "Veneza do Norte".

Amsterdam tem 755.286 residentes (2008), enquanto que sua área metropolitana tem cerca de 1.450.000 de habitantes. É o centro de uma vasta zona urbana contínua, denominada Randstad, que se estende de Roterdam a Amsterdam e também Utrecht, com cerca de 6,5 milhões de habitantes.

A cidade destaca-se pelo seu setor financeiro, sendo o quinto centro financeiro europeu. Com mão-de-obra qualificada no sector logístico, a cidade destaca-se por sua infra-estrutura que reúne um aeroporto internacional e um moderno porto marítimo.

Haia
e as suas duas estações de férias da orla marítima Scheveningen e Kijkduin são perfeitas para qualquer tipo duração de estadia. No famoso palácio Internacional da Justiça pode encontrar a família real holandesa e o governo. Haia oferece uma vasta variedade de atracções, o centro histórico da cidade e todos os tipos de entertenimento incluíndo restaurantes únicos, teatros e museus tais como o Mauritshuis. Pode, também, encontrar muitas lojas situadas em edifícios históricos, um lugar para compradores e igualmente para amantes de história.

O clima:
o Verão é agradável com uma temperatura média de 21°C, porém não se esqueça de meter um impermeável leve na mala, juntamente com os calções e a roupa de praia - não se pode excluir a hipótese de um aguaceiro inesperado. Os ventos do Inverno podem ser frios e convém agasalhar-se bem em Janeiro e Fevereiro. Nestes meses, a temperatura média anda pouco acima dos 2°C.

Fuso horário:
a Holanda situa-se no fuso horário da Europa Central, uma hora adiantado relativamente ao GMT.

A língua:
o neerlandês (holandes) é a língua nacional. No entanto, quase todos os habitantes sabem falar inglês. Para além disto, muitos holandeses dominam o alemão e o francês.

Formalidades alfandegárias:
um passaporte ou bilhete de identidade válidos

Moeda:
Euro

Electricidade:
a tensão na Holanda é de 220 volt. Os hotéis podem ter uma tomada de 110 volt ou 120 volt para a máquina de barbear, mas aconselhamos a utilização de um conversor de corrente e de um adaptador para fichas de dois pinos redondos.

Horário de abertura

Lojas: 2ª-6ª 8:30/9:00 - 17:30/18:00, Sáb. 8:30/9:00 - 16:00/17:00.
Na maioria das cidades, as lojas estão abertas à noite à quinta e à sexta-feira. Nas cidades maiores como Amesterdam e Roterdam, e nas estâncias turísticas, muitas lojas estão abertas à noite e ao Domingo.

Bancos:
2ª-6ª 9:00 - 16:00/17:00; por vezes também nas noites em que as lojas estão abertas e ao Sábado. Fecham ao Domingo.

Importante:
Tanto no aeroporto de Amsterdam (Schiphol) como no aeroporto de Roterdam as medidas de segurança foram reforçadas. Não é permitido levar a bordo objectos cortantes e ou perigosos na bagagem de mão. Aconselhamos vivamente guardar este tipo de artigos na sua mala, de modo que possam (quando possível) ser transportados no porão.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Rainha Wilhelmina


Sorry...

Como ja falei anteriormente, sexta-feira dia 02/12 estou indo pra Holanda com meu baby..E voce pode imaginar quanta coisa tenho que organizar antes da viagem. Por esse motivo ando sem tempo pra me dedicar a esse espaco que tanto gosto.Pra piorar meu stress pre-viagem, meu filho pegou uma gripe , e quem eh mae sabe que que quando eles (babies) ficam dodoi,so querem saber de colinho de mamae...Ai a bagunca na minha rotina ta feita.Planejei para hoje, cuidar dos cabelos,alem eh claro de toda a rotina que tenho que seguir diariamente. Pra amanha, tenho que vacina-lo e comprar algumas coisas pra viagem . Ja na quinta-feira, pretendo fazer minhas unhas e relaxar pra na sexta-feira passar horas e horas no aeroporto de Guarulhos em Sao Paulo.
 Entao, eh por esse motivo, que ta dificil me dedicar  ao blog, ja que alem de inspiracao pra escrever, eh preciso ter TEMPO, pois o meu blog tem 80% de coisas que ja estao na internet, coisas que outras pessoas fizeram, mas que valem a pena ser adicionado aqui.E os 20 % sao textos feitos por mim, mas isso nao quer dizer que eu nao goste de escrever;E claro que eu gosto, de outro modo,eu nao teria criado um blog pra mim, mas a verdade eh que , eu uso esse blog como ferramenta de aprendizagem tambem, isto eh, enquanto eu faco pesquisas pro Blog, eu acabo aprendendo mais sobre a cultura, geografia ou historia da Holanda.E isso eh muito importante pra quem esta pensando em ir morar la, pois como todos ja devem saber, eh exigido do candidato a morador da Holanda, uma prova de conhecimento da cultura holandesa..Undstood?
 E eh isso people, eu espero poder escrever, colar, ou aprender mais , muito mais, aqui no meu Brigadeiro...kusjes....Tot Ziens..

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Diario de Anne Frank- Parte 16

Quinta-feira, 12 de Novembro de 1942
Querida Kitty:
O Dussel ficou muito contente quando a Miep lhe
falou de um bom esconderijo. Ela aconselhou-o a vir o
mais depressa possível, de preferência depois de amanhã.
Mas ele hesitou porque ainda precisava de pôr as fichas
em ordem, acabar o tratamento de dois clientes e pôr
as contas em dia. Foi o que a Miep nos contou hoje de
manhã. Não achámos nada bem aquilo, pois qualquer
demora pode ser prejudicial. Tais preparativos podem
exigir, da parte do Dussel, explicações a pessoas que não
queríamos que desconfiassem de nada. Pedimos à Miep
que o aconselhasse a vir no sábado. Ele disse que não,
que vinha na segunda-feira. É ridículo. Devia ter aproveitado
logo. Se o prenderem na rua, também não pode
pôr em dia a caixa ou acabar o tratamento dos clientes.
Quanto a mim, acho que o pai não devia ter cedido. De
resto, nada de novo.
Tua Anne.

Terça-feira, 17 de Novembro de 1942
Querida Kitty:
O Dussel chegou. Tudo correu bem. A Miep tinha-lhe
dito que esperasse em frente do correio geral. Pontualmente
lá apareceu. Então o sr. Koophuis, que o conhece,
foi ter com ele. Disse-lhe que o senhor com quem se queria
encontrar vinha um bocado mais tarde e que ele, Dussel,
esperasse antes junto da Miep, no escritório. Koophuis
meteu-se num carro eléctrico, enquanto o Dussel seguia
a pé. Chegou ao escritório às onze e meia. A Miep fez-lhe
tirar o sobretudo para que ninguém visse a estrela amarela
e depois pediu-lhe que esperasse no escritório particular
do sr. Koophuis.
Queria ela que a mulher das limpezas se fosse primeiro
embora. Mas, claro, o Dussel de nada sabia. Depois a
Miep levou-o para o andar de cima. Disse-lhe que não
podia estar mais tempo naquele escritório porque, daí
a um bocado, os chefes tinham uma reunião. O espanto
do homem foi grande quando viu a porta giratória abrir.
Ambos entraram.
Nós estávamos todos lá em cima, com os van Daan,
para receber o nosso companheiro com café e conhaque.
Entretanto a Miep fê-lo entrar na nossa sala de estar.
Ele reconheceu logo a mobília, mas, mesmo assim, não suspeitou
que estivéssemos tão próximos. Quando a Miep
lhe disse ficou de boca aberta, e ela nem lhe deu tempo
de a fechar: fê-lo subir imediatamente a escada.
O Dussel deixou-se cair numa cadeira, cravou os olhos
em cada um de nós e não quis acreditar no que viu.
Depois começou a balbuciar:
- Mas... não... mas então, não estão na Bélgica?
O tal oficial não os veio buscar? E o automóvel? Não
foram bem sucedidos na fuga?...
Explicámos-lhe que nós próprios tínhamos feito constar
a história do oficial para despistar as pessoas, em especial
os alemães, que podiam andar à nossa procura. O
Dussel ficou varado com tanto engenho e mais varado ainda
ficou quando se meteu a esquadrinhar todo o nosso esconderijo
tão bem imaginado e tão bem montado. Comemos
todos juntos. Depois ele deitou-se um bocado, tomou
o chá connosco e pôs nos devidos lugares as suas coisas,
que tinham trazido antes de ele chegar. Depressa se sentiu
como em sua casa, sobretudo depois de lhe terem
sido entregues os regulamentos do anexo (o plano foi
feito pelo sr. van Daan).
Prospecto e guia do anexo
Fundação criada propositadamente para a estadia
provisória de judeus e outros que tais.
Aberta todo o ano
Belamente localizada, calma, com arredores sem florestas
no coração de Amesterdão. Acessível pelas linhas
19 e 17; de automóvel ou bicicleta; e a pé para aqueles
a quem os alemães proibiram o uso de qualquer veículo.
Renda Gratuita.
Cozinha de dieta sem gorduras
Água corrente
No quarto de banho (sem banheira) e, infelizmente,
também em várias paredes.
EspaÇo largo reservado a bens de toda a espécie.
Central de rádio, com emissões directas de Londres,
New-York, TelAviv e muitas outras estações. O aparelho
está à disposição dos habitantes das seis horas da tarde
em diante.
Horas de repouso: Das dez horas da noite às sete e trinta da manhã. Domingo até às dez horas.
Atendendo a certas circunstâncias, também se intercalam outras horas de repouso, conforme
indicações da Direcção. Estas indicações devem ser
rigorosamente seguidas, no interesse da segurança comum!!!
Até novas ordens não há.
em surdina!
Todos os dias.
Uma lição de estenografia por semana. Inglês, Francês
e Matemática a qualquer hora do dia.
Pequeno almoço todos os dias, com excepção de domingos
e feriados, pontualmente às nove horas.
Almoço: da 1 e 15 à 1 e 45. Jantar: frio ou quente, não
tem horas fixas devido às notícias da rádio.
A "Celha" está à disposição dos habitantes todos os
Domingo
s desde as nove horas. Pode tomar-se banho no
W.C., na cozinha, no escritório particular ou no outro
escritório, conforme o gosto de cada um.
Bebidas alcoólicas fortes Só permitidas por ordem médica.
Tua Anne.

sábado, 26 de novembro de 2011

Musiek - Aprenda o idioma holandes cantando

Vamos viajar? Conheca Zuid-Holland

O Som da Sirene- Precaucao do Povo Holandes



Todas as primeiras Segundas-feiras de cada mês ás 12:00 elas são testadas e ouvidas por todo o país. Servem principalmente para alarmar de perigos para as populações, sejam eles naturais ou acidentais. Cheias, colapso de diques, incêndios químicos, ataques terroristas, etc.

Caso seja ouvida sem ser no dia do teste, o procedimento é o seguinte. Permanecer em casa com janelas e portas fechadas, estar atento ás informações dadas pelas autoridades via rádios ou televisão e desligar o gás. Por isso é importante manter em casa velas ou lanternas, pilhas ou baterias para as lanternas e rádio, alguma água e comida armazenada para alguns dias, cobertores e agasalhos. E acima de tudo manter a organização e a calma.

Para uma experiência interactiva para testar os seus procedimentos, visite o site www.72uur.nl(disponível apenas em holandês). Não é necessário ter webcam nem telefonar, apenas o som alto é o suficiente para a experiência. Sim e perceber a língua.

fonte-portuguesesnaholanda

Aulinha de Holandes-Muito boooa

O Diario de Anne Frank- Parte 15

Segunda-feira, 9 de Novembro de 1942
Querida Kitty :
Ontem o pai fez anos. Teve prendas bonitas, entre outras
um aparelho para fazer a barba e um isqueiro, não porque
fume muito, mas por ser chique.
Foi o sr. van Daan que lhe fez a maior surpresa: deu-lhe
a notícia de que os ingleses desembarcaram na Tunísia,
em Casablanca, na Algéria e em Orão.
-É o princípio do fim-disseram todos.
Mas Churchill, o Primeiro-Ministro da Inglaterra que,
decerto sabe mais disso, declarou num discurso:
- Este desembarque é uma fase importante, mas
ninguém deve convencer-se que ele significa o princípio
do fim. Eu, talvez gostasse antes de dizer que significa o
fim do princípio.
Compreendes a diferença? Mas, mesmo assim, há
motivos para sermos optimistas. Estalinegrado, a grande
cidade russa, que os alemães já estão a cercar há três
meses, ainda não se rendeu.
Voltaremos agora aos assuntos quotidianos : quero
descrever-te como nós, cá no anexo, nos abastecemos de
géneros. Antes de mais nada tenho de dizer-te que os
"de cima" são uns gulosos terríveis. O pão é-nos fornecido
por um padeiro simpático que o sr. Koophuis conhece
muito bem. Não podemos receber tanto como antigamente
em nossa casa, mas é o suficiente. Os talões de
aLimentação compram-se clandestinamente. Estão cada
vez mais caros. Primeiro pagávamos por eles vinte e sete
florins e agora já custam trinta e três. Imagina, um simples
pedacinho de papel!
Para termos, além das conservas, alimentos em casa
que não se estraguem, comprámos 35 quilos de legumes
secos que pendurámos em sacos no corredor, atrás da
porta giratória. Mas com o peso as costuras rompem-se e,
por isso, resolvemos levar todas essas reservas de Inverno
para o sótão. Confiámos ao Peter a tarefa de carregar
com os sacos. Ele já tinha levado cinco para o sítio e
estava prestes a carregar com o sexto quando rebentou
a costura inferior. Uma chuva, não, uma saraivada de
feijão vermelho desabou sobre a escada. Os outros, lá
em baixo (felizmente não havia estranhos no prédio),
julgavam que a casa ia ruir. O Peter apanhou um susto,
mas quando me viu a mim, ao pé da escada, coberta de
feijões que se iam amontoando no chão até acima dos
tornozelos, desatou numa grande gargalhada. Depressa começámos
a apanhar os feijões com desembaraço, mas estes são tão
pequenos e escorregadios que nos passavam pelos dedos
e desapareciam em todos os buracos e buraquinhos. Agora,
sempre que alguém sobe a escada, encontra um ou outro
feijão que entrega lá em cima à sra. van Daan.
Quase me ia esquecendo do mais importante: o pai já
está completamente bem!
Tua Anne.
P. S. Na rádio acabam de anunciar que a Algéria
caiu. Marrocos, Casablanca e Orão também estão nas
mãos dos ingleses. Agora não deve tardar a queda da
Tunísia.

Terça-feira, 10 de Novembro de 1942
Querida Kitty:
Uma novidade sensacional! Vamos meter mais um
"mergulhador". Já tinhamos dito muitas vezes que ainda
havia lugar e comida para mais uma pessoa. Só o que não
queríamos era dar tanto incómodo ao Kraler e ao Koophuis.
Mas como as notícias sobre as medonhas perseguições
aos judeus se tornam de dia para dia piores, o pai resolveu
sondar as possibilidades :
Resultado : Os dois senhores ficaram logo de acordo
com a ideia. "O perigo é o mesmo para sete ou para oito",
disseram e com razão.
O problema a resolver em seguida era saber qual das
pessoas isoladas das nossas relações ligava melhor com a
nossa "família mergulhada". Não foi difícil a escolha.
Depois de o pai ter rejeitado todas as propostas do sr. van
Daan para se receber uma pessoa da sua família, optou-se
por um dentista bastante conhecido,. de nome Albert
Dussel, que tem a mulher no estrangeiro. Tem fama de
pessoa agradável e tanto nós como os van Daan simpatizamos
com ele. Como a Miep também o conhece bem,
pode tratar de tudo. Se ele aceitar tem de dormir no meu
quarto no lugar da Margot que dormirá na cama-sofá,
no quarto dos pais.
Tua Anne.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Hino Holandes- Het Wilhelmus

To chegando Schiphol

Semana que vem to indo pra Holanda, faltam exatos 8 dias...Meu Senhor, estou numa ansiedade louca, ta dificil me concentrar, dificil ate pra dormir..Nao eh so pela viagem, pelo fato de eu encontrar meu marido, mas estou ansiosa pelo fato de estar viajando sozinha com meu bebe.Da ultima vez que viajamos,minha cunhada estava comigo.A meu favor conta a idade do Rafa que agora esta com quase 15 meses, ta muito mais idependente, sabe andar e anda muitooo,come menos vezes ,e isso facilita muito...Contra mim, tem o fato de ele saber correr, gostar de mexer em tudo, muito mais pesado e tambem ta na fase em que os caninos estao apontando...muito dificil mesmo,imagina como to uma pilha...To tao ansiosa que sonhei que estava no aeroporto de Amsterdam. Acordei hoje pensando no Schiphol, e resolvi falar um pouquinho desse aeroporto tao importante pra Europa e pro mundo.Entao vamos ao que interessa!
O Aeroporto Internacional de Amsterdam, Schiphol, é o principal aeroporto dos Países Baixos e localiza-se a sudoeste da capital dos Países Baixos, Amsterdam. Em 2005 foi o 9º aeroporto mais movimentado do mundo e o 4º da Europa em termos de passageiros,recebendo 44,163,098 milhões de passageiros.

Devido ao imenso tráfego, algumas companhias aéreas de baixo custo decidiram mudar-se de Schiphol para Rotterdam.


Em 2005 eram operados vôos para 260 cidades em 91 países em todo o mundo.
Em 2007, o Aeroporto Internacional de Amsterdam, Schiphol, foi eleito o melhor aeroporto na Europa pela revista britânica "Business Traveller": http://www.businesstraveller.com/awards/2007

Os melhores aeroportos no mundo:1º Singapore Changi Airport
2º Hong Kong Chek Lap Kok
3º Dubai
4º Amsterdam Schiphol




Os melhores aeroportos no mundo para compras no "Dutty Free Shop":1º Dubai
2º Singapore Changi Airport
3º London Heathrow
4º Amsterdam Schiphol Airport




1º Amsterdam Schiphol Airport2º Zurich
3º Munich
4º Copenhagen
Os melhores aeroportos na Europa:

Isso eh Schiphol, isso eh Holanda
 
 
 
 
 
 












Vejam fotos antigas e atuais do Schiphol

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Seminário de Oportunidades de Negócios

Seminário de Oportunidades de Negócios

No dia 28 de novembro de 2011 o seminário de oportunidades de negócios Holanda-Brazil – 2011 – Ano da Holanda no Brasil, será no Rio de Janeiro.
Para ver a programação do evento acesse o website: www.seminarioholandabrasil2011.com/site-ptbr/programa

Aqui você pode baixar a ficha de inscrição para o evento:
* "Ficha de Inscrição - Palestras e almoço"
* "Ficha de Inscrição - Palestras e almoço e rodada de negócios"

Para mais informações sobre o seminário de oportunidades de negócios Holanda - Brasil - 2011 - Ano de Holanda no Brasil, visite o website:
www.seminarioholandabrasil2011.com